segunda-feira, 26 de março de 2012

Ah, os taxistas

Tem de tudo e eu já vivi bastante desse tudo.

Um que brigava com a ex-mulher pelo celular enquanto passava no farol vermelho e cortava os outros motoristas e que me colocou para fora do carro quando eu pedi para ele usar o telefone depois que me deixasse.

Outro que se achava o Anjo Gabriel e que jurou que dentro de um ano eu estaria grávida. (não, eu não engravidei)

Um senhor que me pegou às sete da noite debaixo de uma tempestade e recebeu uma ligação da filha pedindo ajuda para levar a netinha (dele) pro hospital. Saí correndo do táxi e paguei o suficiente para umas cinco corridas.

O ex-executivo de um banco que não conseguia arranjar emprego na área.

O mocinho atento à novela que passava no DVD e que paquerava todas as motoristas ao seu redor.

O jovem bonitão cheio de charme que, se quisesse, podia ser bem feliz no táxi.

O outro que conseguiu formar uma filha médica e outra química.

E hoje foi dia de conversar com o taxista sobre Eça de Queiroz, Dostoiévski, Machado de Assis e José de Alencar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário