quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Envelopes

Percorrendo letras, vírgulas, ouvindo a voz distante de quem escreve, sorrisos, lágrimas... Ontem cartas, hoje caixa postal , tanto faz , época, nome, formato .... Bom é receber notícias, ler saudades, descobrir suas frases. Rd

Cerimônia e Carnaval.

Solenidade na Câmara Municipal, Rio de Janeiro. Lindo palácio na Praça Floriano, Cinelândia. Plenário com pinturas monumentais. A sessão começa com o Hino Nacional. Entrega de medalhas, congratulações, discursos de agradecimento, palmas. O final surpreende. O hino da cidade é o mesmo Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil, que embala os bailes de carnaval. Só faltou cantar o Vagalume, belo contraponto: Rio de Janeiro/ Cidade que me seduz/ De dia falta água/ E de noite falta luz . Pode faltar tudo, mas temos que tirar o chapéu para um povo que cantando seus males espanta.

O estraga prazeres

Duas horas de uma manhã fria em São Paulo. Eu debaixo das cobertas escuto o barulho da chuva batendo na janela do quarto. Fecho os olhos para escutar melhor e sorrio para o escuro. Do lado de fora, um lixeiro grita para o colega andar rápido com o serviço.

31/08 eva

ALEA JACTA EST.

Verdades

É batido, brega, repetitivo, infantil, antiquado e tantos outros adjetivos contidos no Dicionario Analogico - e que eu acrescentaria cada um deles, se não tivesse emprestado ontem a jóia em livro para minha irmã.
Mesmo assim, muito real: por trás das nuvens cinzas de um dia chuvoso, existe um Sol pulsante, quente, energizante. E eu o vi.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

"É isso o que chamam de vocação, o que agente faz com alegria como se tivesse fogo no coração e o diabo no corpo ? " Josephine Baker

A visita


A avenca, carregada de medos e esperanças, foi visitar a primavera. Para sua surpresa, a primavera também estava carregada, mas só de flores.

30/08 II - eva


http://youtu.be/J27smriPf-8

30/08 eva

Cá estou, a polir a rebimboca da parafuseta.

Helios Megistos

Meu avô, que era um pouco sábio e um pouco neurastênico, se dizia barométrico. A idéia não era original, ele foi um grande leitor e devia citar a referência, da qual não me recordo. Todos na família têm dificuldades com o vento noroeste, portador de ansiedade e até enxaqueca, embora alguns não se tenham dado conta. A luz do sol é, para nós, fundamental. As ondas de suicídio na bela Escandinávia provavelmente se devem mais à exiguidade dos dias claros do que ao tédio existencial da sociedade hiper-organizada. O tempo andava ruim em São Paulo, esquisito, seco, difícil respirar. Hoje, de repente, a estrela calorosa apareceu cheia de vida e, como por encanto, enxotou qualquer resquício de depressão ou abatimento. Descobri-me, assim, um ser profundamente heliotrópico.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vai prá onde?

O peito não comporta a caixa toráxica e o ar rarefeito se contrapõe ao esforço das narinas de coloca-lo prá dentro dos pulmões.
Tontura. Formigamento nas mãos. Suor seco.
Não é a morte que se aproxima. É uma decisão. Quase a mesma coisa.


Believe me

Hoje, o melhor é calar. Até amanhã.
Nestes tempos intergalácticos, chega em tempo real: carinho, ajuda, afeto, sorrisos... Rd

domingo, 28 de agosto de 2011

No terreno da galhofa.

Ferreira Gullar e Augusto de Campos costumavam ser santos da minha maior devoção, até que deram de se engalfinhar por questões que não chegam a me comover. Não basta a grandeza da obra, a legenda de Augusto e Haroldo, a bela história do Poema Sujo?

Pouco me importa saber quem descobriu a América, até porque todo mundo sabe que os índios é que merecem maior crédito nessa história. Brasileiro adora luta livre, mas poucos se dão ao trabalho de ler as catilinárias com que poetas, em geral mais jovens, longe da maturidade estética e emocional, se estocam na ânsia de mostrar quem tem maior verso, melhor prosa e mais potente porretada linguística.

Ferreira Gullar narra hoje que “todas as pessoas informadas nesse terreno” (nas quais não me incluo, diga-se) “sabem que fui eu quem inventou o nome ‘neoconcreto’”. Daí tira inúmeras consequências capitais para as artes plásticas nacionais (Ilustrada de 28/08/2011).

Longe de brigar com o poeta, que continuo admirando, e muito, vou seguir seu exemplo. Deixo de lado, desde logo, a máxima tantas vezes repetida, de que “elogio em boca própria é vitupério” e passo, por uma vez, a me vangloriar de um batizado que, se não é tão importante, nem tão fértil, teve o dom de ser mais popular.

Mesmo as pessoas bem informadas nesse terreno ignoram solenemente que fui eu o criador da expressão “O Fino da Bossa”. No início de 1964, antes que os militares aparecessem, comecei com dois colegas da Faculdade de Direito a planejar um grande show de bossa nova em São Paulo, até então tida por Vinicius como o túmulo do samba.

Nas intermináveis discussões que sempre fazem parte das preliminares do espetáculo, a artista plástica que desenhou o cartaz achou o nome muito perigoso, pois podia facilmente resvalar para “O Fino da Bosta”. Venceu a maioria destemida e o show, realizado em maio no Teatro Paramount, entrou para a história da MPB, como narrado amplamente na literatura especializada, em versões sempre bastante distantes do que aconteceu de verdade.

Depois, já sem a minha amadora e distinta companhia, Horácio Berlinck levou o nome para um programa da TV Record, de enorme popularidade, com Elis Regina e Jair Rodrigues. Elis, ao contrário do que reza a lenda, não participou do show original, ao contrário de Vinicius, Baden, Chico, Sergio Mendes, o Tamba Trio, o Zimbo Trio e tantos outros. O grand finale ficou por conta de Alaíde Costa e o conjunto de Oscar Castro Neves. “Onde está você...”, alguém ainda se lembra?

No meu caso não haverá celeuma, espero. Uma boa pesquisa pode comprovar o que digo, pois na época tivemos o cuidado de registrar a marca no INPI, o que foi feito em meu nome. Como o show original fora feito em benefício da AACD, chegamos a procurar Paulinho Machado de Carvalho, na Record, reivindicando um royalty para a AACD. Nada feito.

O único lucro da empreitada foi termos rido muito, na sala de espera, onde Jô Soares e Juca Chaves também tomavam chá de cadeira e davam um verdadeiro show de humor. A emissora achou uma solução esperta, trocou o nome do programa para “O Fino...” e ficou por isso mesmo, nós e a AACD ficamos a ver navios. E muita gente ainda acha que “O Fino da Bossa” foi apenas o programa da Elis na TV Record.

Embora possa, se preciso, mostrar evidências desse batismo ilustre, garanto que a escolha de tão inspirado nome não teve qualquer influência posterior, positiva ou nefasta, nos rumos da música popular brasileira.

Apesar de ter carregado o violão de Chico Buarque, meu colega de Colégio Santa Cruz, que cantou de graça muitas vezes no programa “Primeira Audição”, que fazíamos antes com João Leão, na mesma TV Record, toda a criação e sucesso do nosso “Carioca” se deve exclusivamente ao seu extraordinário talento. João Gilberto vai fazer oitenta anos e também nada deve ao meu talento vocabular.

Longe de brigarmos com os cariocas, começou ali um intercâmbio duradouro entre músicos das duas praças. Luiz Eça reconhecia que Chico tinha talento, mas achava que Edu Lobo é quem iria mais longe. Os dois viraram parceiros e grandes amigos. Felizes os músicos, que resolvem suas diferenças no terreno da galhofa. Uma boa lição para os poetas de todas as gerações.

Assalto a concreto armado

O dia amanheceu iluminado, mas os prédios tinham roubado todo o sol da minha rua.

Estenógrafo

Nas esquinas perdidas de qualquer cidade tem um conto. Hoje tem uma favela com uma casinha verde lavanda com varanda e cerca branquíssima. Quem é que pinta de poesia o caos de todo dia ... Rd

Rio

Cidade repetitiva em suas maravilhas e contrastes.
Poesia do submundo, rap da sociedade.
Fernanda, Jorges e Santos cantam a exaustão seus primores e odores.
Apegada a um passado nem tão distante, desencontrada busca futuro.
Mais que o Cristo, tem no Sol seu maior companheiro.


sábado, 27 de agosto de 2011

Sábado, afinal.

Sábado. Parecia um dia bom para trabalhar um pouco as imagens. Mas havia o café da manha na padaria, os jornais, o Sabático, o Prosa@Verso, o almoço na casa da mãe,a revista que chegou. Isso sem falar no improvisado cochilo no sofá. As imagens ficaram para domingo, dia do senhor, dia do criador.

na real

A vantagem de almoçar às 18hs: não ter que se preocupar com o jantar.

Déjà vu


O celular de capa rosa já estava ficando branco de tanto ser manuseado. 10, 15, muitos SMS trocados a velocidade da luz.  Mais uma vez, pega o celular e confere as horas. Olha para os lados, estica o pescoço, recebe outra mensagem e com isso a operadora de telefonia móvel, vai faturando mais um pouco.
Reconheço todos estes movimentos e não consigo deixar de sorrir. Em outra época, com a mesma idade, estar entre a família aguardando o namorado, seguia praticamente o mesmo ritual. Sem SMS, claro.

Santo Pipoco

"Não adianta rugir, com uma picadinha você me detona" ... resposta de um virtuose em conversa sobre o Ego. Rd

De tão atrasada, chegou só no dia seguinte

Tudo começou as 5h30 da manhã, quando acordou para acordar a filha. Se fosse por ela, ficava na cama até as 10h. O que poderia ser o preludio de um dia daqueles, foi atenuado pelo encontro de avencas da noite anterior e das duas taças de vinho. Sem contar o strudel. As nove, já estava no carro em direção a Congonhas para embarcar as 11h30 para o Rio. O sonho de consumo era a cama e não a praia. Dito e feito, chegou, entrou e dormiu - como uma pedra. Noite alta, céu já risonho, foi jantar. Aqui, o sonho de consumo era a caipirinha. Quem disse que os sonhos não se realizam? Sagatiba na cabeça, sorriso de ladinho... agora era só jantar, voltar para o hotel e escrever. Antes da meia noite, claro. Quem dera! A carruagem virou abóbora e a Cinderela paulistana, chegou na festa das letras no início do dia seguinte. Ah, deixa prá lá, pensou ela, quem for Avenca vai entender. Os outros, samambaia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

26/08 eva

Hay que endurecer sin perder la ternura nunca. Eu avenco, tu avencas, ele avenca, nós avencamos, vós avencais, eles avencam. Ufa.

O sofrimento da avenca

O prazo estava chegando ao final e muitos deveres e reuniões que a impediriam de escrever um conto ou uma crônica – se soubesse, ela escreveria uma poesia; ainda iriam acontecer. E ela não conseguia imaginar com que cara chegaria ao encontro daquela noite, já que desculpas eram impensáveis para aquele grupo com quem ela dividia algumas horas do seu mês e a paixão até agora mais duradoura da sua vida.

Tudo o que ela sabia sobre aquelas pessoas era o nome (de todas) e a profissão (de algumas). Não sabia de onde vinham e pra onde queriam ir, se tinham filhos, gatos ou cachorros, se tinham um marido ou uma esposa em casa, se gostavam de café curto ou com leite, se estavam felizes ou tristes naquele dia. Mas era com elas que ela dividia esse amor pelas palavras desenhadas no papel e qualquer outro detalhe dessas vidas não era importante para aquele momento. Eles se bastavam no papel. O papel bastava para eles, escrito ou em branco - branco que eles logo preencheriam. Só ela não conseguia. As horas passavam, ela já tinha almoçado e feito uma reunião, mas o papel ainda continuava com poucas letras. Ela procurava por algo especial, uma história original e bem contada, ou ao menos uma das duas coisas. Eles mereciam. Mas quanto mais pensava nisso, menos escrevia. Sentia uma leve pressão na nuca e nos ombros.

Eles haviam se juntado porque gostavam das letras. Das letras uns dos outros. E gostavam de rir e de vinho e de charuto de folha de uva e de doce de leite porque ainda não haviam provado mel. E há pouco tempo cultivavam avencas, cuidadas diariamente.

A ideia era apresentar um texto. Ela queria que fosse um presente, um conto que lhes agradasse, não para satisfazer seu ego, mas porque eles mereciam ser agradados. Ela gostaria que fosse assim, mas nada saía de sua cabeça cheia de concretudes e ela pensou em ter uma dor de barriga. Ah, pior do que isso só matar a avó.

Ela ficaria feliz naquela noite, eles sabiam produzir belíssimos textos. Enquanto sofria ela ouvia a voz de cada um lendo sua própria produção literária. E a sua? Não tinha texto, não haveria voz. Estava quase vomitando. Ah, se vomitasse uma história. Nem isso.

O tempo acabou. Ela iria assim mesmo, sem dor de barriga e sem matar as avós já mortas. Iria pedir desculpas por não apresentar nada de belo e um pouco de colo por esse vazio criativo.

Avencas na Benedito. Ou vai ou racha.






quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Coletivo criativo, é isso mesmo. Já pensou se fosse um singular patético?

25 de Agosto de 2011.

Último dia com 34 anos. E do melhor inferno astral ever. Tem gente que não acredita em inferno astral. Eu acredito. Tenho provas e circunstâncias. Não que esteja sendo fácil. Mas está difícil por motivos lindos. Hoje teve um segundo de desespero. Uma sensação de que é tudo demais e um medo grande de não dar conta. Muito trabalho, muita expectativa. Mas também eu sei que a bronca só vem do tamanho que a gente pode aguentar. Então que venha, porque amanhã sou 35. E eu sou do tipo que faz a vida a cada segundo.

Hoje

as avencas se juntam. Um monte de avencas é bonito de se ver.

24/08 (meio 25) eva

Avenca muda.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Faltei!

Quase dois dias seguidos... prá isso não se concretizar apareço quase que cabulando a aula. Na verdade, a aula da Noemi eu vou cabular mesmo... a do Marcelino, hoje não.
Linhas sem poesia, mas cheias de boa intenção.

Rituais

A soprano rasgou o céu da despedida. O jovem coral parou o tempo. A benção uniu mãos. Amigos seguem para o café da manhã. Assim mais um dia começa. Rd

Montanha-russa

Vida de avenca não é fácil, não.

VIDA DE AVENCA

vida de emoção,
vida pulsante...
que importa a eternidade,
se eu tenho esse instante?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

terça-feira nesta vida


"Se a tua estrela não tá brilhando mais, pelo menos não apague a minha."
(caminhãozinho-baú cometendo barbaridades no trânsito de Pinheiros, às 8h20 da manhã)


"Meu alternador pifou. Hoje não sirvo nem pra ser guinchado."
(hora do almoço na cafeteria da Livraria Cultura, no shopping Market Place)


"Tou me virando mais que bolacha em boca de velho"
(de um amigo gaúcho, atualmente desempregado, num s.o.s básico por e-mail)


"O médico falou que eu posso comer de tudo, é só não engolir."
(de um colega de trabalho que voltou da licença depois de seis mamárias...)


"Paciência. Só panela é que funciona sob pressão."
(eu, comigo mesma, na hora de encerrar o expediente com uma lista de pendências ainda maior do que a de ontem...)

Paixão

De acordo com o Aulete, "emoção ou sentimento muito forte, capaz de alterar o comportamento, o raciocínio, a lucidez; grande entusiasmo, calor, emoção".

Hoje eu me apaixonei, mais uma vez. Sou apaixonada por me apaixonar.

23/08 eva

Tem cada coisa que parece duas. Mas eu chego lá. Não diziam que após a tempestade vem a bonança? Só esqueceram de avisar quanto tempo leva tudo isso.

Homenagem

Hoje uma amiga muito amada, de mais de duas décadas, partiu. Não venho falar de tristeza. Deixo aqui um pequeno registro, uma pequena homenagem, para quem sempre torceu, vibrou ao meu lado. Um brinde aos amigos, essa família que a gente escolhe, e que eu, particularmente, sempre tive muita sorte. Rd

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

22 de Agosto de 2011

Não vou dar conta. Fazer tudo isso até o final do mês, não vou dar conta. Muita coisa vai ficar caótica, vou precisar aprender a delegar. Tô cansada. Tá muito frio. Tem comida demais na geladeira.

Aconchego

Tem coisas que são essenciais, acredito que aconchego seja uma delas. Um embrulho azul, que chegou cheio de saudades, aqueceu o dia, aconchegou a alma. Rd

Sol humano


Com um dia horrível desse o que poderia acontecer? Conhecer uma senhora linda por dentro e por fora. Simples assim.

infância feliz

Nunca tivemos marmelo, mas crescemos com marmelada de todas as frutas que davam no quintal: uva, pera, maçã, figo, pêssego...
O direito de raspar com o dedo as sobras do tacho era motivo de briga e separação definitiva entre irmãos. A gente pecava todos os pecados por causa da gula. Também...
Hora do lanche: sobre uma grossa fatia de pão caseiro ainda quentinho e recém assado no forno de barro, uma generosa camada de marmelada fresquinha, recém apurada, e ainda por cima uma cobertura de nata batida - a puína, como diziam naquele dialeto misturado de alemão e italiano.
(Essa chimia devia ter umas 30 mil calorias, e justamente no verão, mas é que naquele tempo não havia frutas fora de estação).
Se lembro disso agora é só porque o frio é mestre em abrir apetites. (MZ)

AVENCA INSPIRADA PELO VENTO DE INVERNO

sou uma avenca ávida pela aventura da palavra viva,
uma avenca avoada, que para não resvalar no vácuo da vida
vacila verdejante por entre as vias verbais,
dando voz ao volátil, ao vetado, ao vertical...

Um dia perfeito pro meu espírito

tem tempo nublado e frio fora de casa e quentura com luz acesa mesmo de dia dentro de casa e eu aconchegada dentro no silêncio acompanhada de um livro, um caderno, uma lapiseira, um notebook com Internet e um copo de cappuccino.

Não, hoje não será um dia perfeito pro meu espírito, mas vai ser muito bom pro meu corpo, pra minha mente e pro meu coração.

domingo, 21 de agosto de 2011

21/08 - eva

Meu querido Zeca ainda estava estressado hoje dos exames de ontem. Como ele é um jovem de 11 anos, tem extra- sístole e deverá tomar anestesia geral para fazer limpeza nos dentes, o médico dele (homeopata gracinha, Dr. Harley) achou melhor um check- up. Ecocardiograma, raio X de tórax, eletrocardiograma, triglicérides e mais uns 3 de sangue depois, eu acabada e tendo que tirar R$ 520,00 da poupança dele, tudo terminou. Acho que quem vai fazer exames agora sou eu.

21 de Agosto de 2011

Hoje tinha "Yoga pela Paz". Tinha "Chandon Promenade". Tinha reinauguração só para os amigos do Bar da Dida. Tinha também promessa de um cineminha no final da tarde. No final ficou que tinha muito frio lá fora. Muito vento na janela. E eu achei mais legal o edredon da cama. O cobertor no sofá da sala. O computador no colo e ficar trabalhando de preguiça. Olhando de rabo de olho os filmes que passavam na TV. Zapeando entediada entre um texto e outro. Me empanturrando com as 5000 Kcal do bolo de aniversário da minha irmã. Houve um tempo que eu achava que, se não estivesse indo em milhões de lugares e vendo milhões de pessoas eu não seria feliz. Hoje a felicidade está no silêncio e na quietude da minha casa, do meu trabalho, da minha própria companhia.

inventário de um domingo

9H30 -   Acordo e dou bom dia para a noite: que dia cinzento!

10h00 - Depois do banho procuro um pouco de alegria:

“Meu carnaval é bem pequenininho,
só um banquinho e um violão;
a fantasia vai no pensamento... “

Mônica Salmaso com café longo e jornal impresso, coisa boa! Daqui a pouco tenho que telefonar para a minha amiga Rô, que descobriu um câncer de mama e foi operada na quinta-feira.

12h00 – Fiz massa (resolvi dar um dia de folga para a dieta), arrumei a casa, tirei o lixo, alimentei as plantas e descobri poeira em todas as gavetas e armários. Vou começar uma faxina agora e amanhã dou uma advertência na Gil. Sem coragem de ligar para a Rô. Faço isso mais tarde.

16h00 – Almocei minha própria massa ligth, com tomate italiano fresco, manjericão e capuchinhas, mais um copo de vinho. Já está na hora de ligar o computador pra ver o que está acontecendo no mundo.









18h00 – Respondi e-mails, me atualizei com o noticiário disponível, e a Rô tá bem, até me fez rir  dizendo que eliminou um inimigo pífio, de apenas 9mm. Então botei pra rodar novamente a Salmaso e fui chorar um rio Amazonas ali na varanda:  

“Quem do mundo a mortal loucura .......... cura,
A vontade de Deus sagrada .................. agrada,
Firmar-lhe a vida em atadura................... dura.   


20h00 – Incrível! O dia passou e não fiz nada! (MZ)


Ah... já que hoje é domingo, pé de cachimbo e o cachimbo que é de barro, bate no jarro e este quebra e estou quebrada desde segunda, passando por uma quarta que literalmente me derrubou e ainda não consegui me levantar... fico por aqui mesmo e vou prá cama as 18,40h pois não sou de ferro e amanhã o ferro me espera.

Final de semana

Ah, me perdi no sábado. Ou melhor, o sábado se perdeu de mim enquanto eu cuidava das duas avenquinhas que tenho em casa. Então não era só regar?

No domingo eu queria encher balões e fazer um bolo, mas não acho os balões e não sei fazer bolo. Nenhum.

sábado, 20 de agosto de 2011

Na manhã chuvosa de sábado não é de se estranhar um guarda-chuva beringela com uma faixa preta de bolinhas brancas estatelado solitário na Faria Lima... Rd

QQQA


Quero muita coisa, esse é o grande problema.
Quero, inclusive, querer menos.
Quanto mais quero isso, menos consigo e sigo querendo.
As vezes mais outras menos, mas sempre querendo.