segunda-feira, 22 de agosto de 2011

infância feliz

Nunca tivemos marmelo, mas crescemos com marmelada de todas as frutas que davam no quintal: uva, pera, maçã, figo, pêssego...
O direito de raspar com o dedo as sobras do tacho era motivo de briga e separação definitiva entre irmãos. A gente pecava todos os pecados por causa da gula. Também...
Hora do lanche: sobre uma grossa fatia de pão caseiro ainda quentinho e recém assado no forno de barro, uma generosa camada de marmelada fresquinha, recém apurada, e ainda por cima uma cobertura de nata batida - a puína, como diziam naquele dialeto misturado de alemão e italiano.
(Essa chimia devia ter umas 30 mil calorias, e justamente no verão, mas é que naquele tempo não havia frutas fora de estação).
Se lembro disso agora é só porque o frio é mestre em abrir apetites. (MZ)

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