sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Lágrimas férteis

Avenca em tempo de seca, desfolha.
Perde seu verde colorido, cede espaço para um amarelado e tem como destino um voo leve.
Desprende-se pouco a pouco daquelas hastezinhas pequetitas, que até então sustentavam seus verdes e vai de encontro ao solo.

Seca, em países tropicais, tem tempo certo para durar.
Nada matemático, nunca programado, mas sempre certeiro.
Tempo é assim. Incontrolável.

E neste momento, a avenca chora.
Toma emprestada as gotas que o céu manda para todos e assume que são somente dela. E para ela.
Chora copiosamente... sem perceber que neste momento, na confusão de seus sentires, está alimentando a si própria.

Folhas verdes estão por vir...

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