quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A avenca está louca de internar

Então eu entro num banho devido a mim mesma há horas. Só o barulho da água escorrendo e batendo no chão. Água morna. É quase um presente dos deuses para essa mortal tão cansada. E é quando meu cerébro desliga dessa vida terrena que alguém bate na porta. Uma. Duas. Três vezes. Resolvo ignorar. Eu mereço esse banho. Eu mereço esses minutos. Mas a pessoa insiste. Uma. Duas. Três vezes. Visita a essa hora? Mas visita para bater na porta do banheiro só se for minha mãe ou minha irmã. Será que elas apareceriam sem avisar? Uma. Duas. Três vezes. Ninguém responde quando eu pergunto quem é. Talvez não me escutem. Termino o banho rapidamente. A cabeça vazia já está cheia de impropérios. Saio da banheiro e só vejo a babá dos meus filhos no quarto ao lado. Não, ninguém bateu na porta.

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