terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sêneca no bumba


Aposto que isso já aconteceu com você.
É um pensamento, uma intuição, um sentir que passa pelo seu corpo, você presta uma ligeira atenção e... deixa ir. Vou dar um exemplo.
Hoje cedo antes de sair de casa, ao pegar a chave da porta me veio esse não-sei-que, dizendo "pegue a capa de chuva". Peguei a chave e saí.
Como uma das minhas metas de ano novo, que está em pleno andamento, é usar mais o transporte público deixando o carro em casa, segui alegre e contente em direção ao ponto de ônibus.
Tudo que é novidade tem um gosto diferente. Nossa energia está à disposição. Novo é novo, oras! Estar dentro do bumba, lendo um livro tem sido animador! A sensação de estar aproveitando direitinho o tempo, me alimenta. Sêneca no bumba. Parece título de poema...
Chegando ao Largo da Batata, resolvi caminhar pela Faria Lima em pleno horário do rush. As pessoas correndo para chegar na hora ao seu compromisso e a vida acontecendo no bairro de Pinheiros. Muitos falando ao celular, um dia lindo para caminhar, comércio sendo aberto, cheiro de pão de queijo em muitos pontos da calçada e outros cheiros que tiram o apetite.
Durante o percurso, pararam o trânsito para me dar passagem! Impossível deixar de sorrir diante de um gesto delicado destes, mesmo tendo sido feito pelo marronzinho que trabalhava. O trabalho dele fez com que eu me sentisse especial. Gentileza na cidade de pedra.
A primeira reunião aconteceu no horário, depois a segunda reunião também, bolachinhas para o almoço e na sequencia o treinamento. Tudo certo, dia produtivo. Aproximadamente 16,30h na cidade de São Paulo. Verão. 35 graus.
Pergunto a voce, leitor: o que acontece em São Paulo, nas condições mencionadas num final da tarde?
Respondo: seu sapato encharca, o ônibus não chega, seu vestido cola em seu derriere e você promete a si mesma que da próxima vez dará ouvidos à sua intuição. Ou bom senso, tanto faz.

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