segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

20 anos

Há vinte anos, mais ou menos nessa hora, eu recebia a notícia da morte de uma pessoa querida. Mais do que querida, amada. Uma pessoa que oito dias antes havia completado vinte anos de vida. Uma pessoa com quem brinquei, uns vinte dias antes do seu aniversário de vinte anos: vai ficar velho. Uma pessoa que me respondeu com seriedade nos olhos e na voz (tão contrária à costumeira alegria): não brinque com isso, não fale mais disso, eu não deveria fazer vinte anos. Quanta bobagem, pensei. Só pensei. No dia 30 de janeiro de 1992, enquanto esperava por ele sentada numa cadeira em frente ao mar e recebi a notícia de que ele não viria, não viria nunca mais, eu entendi. Ele não devia ter feito vinte anos.

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