quarta-feira, 30 de novembro de 2011

30 de Novembro de 2011.

Uma das maiores descobertas que tive na vida foi de que a gente só conquista liberdade quando estabelecemos limites. É. Meio antagônico. Mas juro que funciona. Fiquei pensando hoje de manhã nisso, enquanto eu tomava café e assistia o Renato Machado conversar comigo de Londres. Eu tenho um paladar bem próprio. Embora eu seja uma avestruz na arte de explorar sabores, tenho minhas predileções confortáveis que posso comer todos os dias. Sou bem conservadora, no fundo. Café da manhã para mim sempre foi: café com leite, pão com manteiga, mamão papaia e suco de laranja. Algumas variações como: requeijão ou geléia, aveia e mel na papaia, ou trocar o pãozinho fracês (nham, nham) pelo integral podem ocorrer. Mas no geral, esse é o café da manhã perfeito para mim. Então um dia o médico diz "sem lactose, sem glúten, sem corantes, sem morangos". (Morangos???) E o que sobra são todos os sabores que eu perdi enquanto estava ocupada demais com os mesmos sabores. Redescobri o arroz. E umas 532 diferentes formas de comê-lo. O mesmo com o milho. Ganhei o leite de soja. Eu torcia o nariz, não achava que combinava. Mas não é que fica melhor no cappuccino do que o leite de vaca!? Grão de bico, soja, quinua. E sinto sabor de infância todos os dias fazendo muito mais sucos naturais do que consumindo os de caixinha. Mas a maior de todas as conquistas: a tapioca! Livre de glúten, sempre me dá a sensação de café da manhã da pousadinha de Canoa Quebrada no meio de Pinheiros. Ando saltitando pelas pradarias dos cafés da manhã nunca dantes explorados. Isso é tanta liberdade, que até me esqueço dos limites que me colocaram.

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