quinta-feira, 29 de setembro de 2011

29 de Outubro

Tem coisas que a gente aprende na vida. Não são muitas, mas é legal não esquecer o que se aprende. Eu aprendi que ninguém consegue fingir o que não é. Que somos tão transparentes quanto água cristalina, e geralmente a única pessoa que temos a ilusão de enganar somos nós mesmos. Então eu não sou muito suceptível a falsa modéstia, elogios exaltados, humores blasès ou "posers" descolados. Aprendi que o mundo é cheinho de gente carente, louca para ser amada. E isso é a única coisa que justifica todas essas atitudes relacionadas aí em cima. Aprendi reconhecer quando não sou amada, quando sou odiada ou apenas invejada. Demorei um pouco mais para aprender que isso também não é pessoal. Que na essência somos todas almas puras, capazes da mesma intensidade de bem e mal. E que em 90% das vezes estamos apenas nos defendendo de algo imaginário, ou acreditando estar fazendo a coisa certa. Depois de muito tempo aprendi também que "a coisa certa" é subjetiva, e nada absoluta. Aprendi que, por mais que alguém queira te machucar, ela só vai te machucar se você permitir. Sendo assim, aprendi que a única pessoa capaz de violência contra mim sou eu mesma. Aprendi que nós nunca vamos entender a motivação de alguém para ser hostil conosco. Aprendi que as pessoas carregam seus passados como jóias preciosas. Aprendi que a mente é o vírus mais nocivo que já dominou a humanindade. Depois de tanto tempo, vendo a terra seca dos vasos na minha varanda, aprendi que plantas que não são regadas murcham. Chegam a morrer. E quando isso acontece, não há adubo que as faça ressucitar. Aprendi que um girassol já não se vira ao Sol quando não há mais vida ali. Melhor do que tudo, aprendi que se fala muito. E que no silêncio também se diz muito.

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