segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Memória

Ontem, por causa dos 10 anos do "11 de setembro", ouvi e li a opinião de várias pessoas a respeito do assunto, mas já à noite, final do dia 11, ouvi uma pessoa dizer "ah, agora os americanos vão ficar como os judeus, só falando no Holocausto" e outra que achava que "isso já foi, já passou, não tem mais que falar no assunto".

Pode parecer bobagem para alguns, mas não consegui dormir direito depois de ouvir isso. Ontem, eu só comentei que era muito fácil para nós, sentados num confortabilíssimo sofá, com toda a família reunida, falar da dor dessas pessoas. Ninguém naquela sala sabia o que era perder alguém amado numa guerra ou num atentado terrorista.

Mas eu quero dizer mais.

Apesar de ter uma natureza saudosista e melancólica, tento não viver do e no passado. Mas, alguns fatos a gente não pode esquecer. Nós não podemos nos esquecer de um grupo que, por diversas razões (e nenhuma interessa), jogou dois aviões em duas torres comerciais, matando milhares de civis. Assim como não podemos nos esquecer das bombas jogadas pelo país com as torres caídas em Hiroshima e Nagasaki. E não, não podemos nos esquecer dos milhares e milhares de judeus mortos em câmaras de gás em campos de concentração. Não podemos nos esquecer de Mao, Stalin, Hitler, Mussolini, Franco. Não podemos nos esquecer das ditaduras! Não podemos nos esquecer da África, não podemos nos esquecer dos curdos, da Inquisição, do Vietnã, de nenhuma guerra.

Não esquecer é o primeiro, o primeiro e pequeno passo, para tentarmos não cometer mais atrocidades contra o ser humano. Se hoje já evoluímos nesse sentido, e evoluímos, é só porque não esquecemos.

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