domingo, 4 de dezembro de 2011

O dia do Doutor

Eu sou uma corinthiana nada ortodoxa. Não sei a escalação e mal assisto aos jogos, mas eu sou corinthiana, filha de um corinthiano fundamentalista que nunca perdeu o bom humor por causa de um jogo perdido ou mal jogado. Para o meu pai, "basta ser corinthiano". Ou, nas palavras de Toquinho, "ser corinthiano é ir além de ser ou não ser o primeiro". E eu, sou corinthiana, lá do meu jeito, mas sou. Já fui algumas vezes no estádio - experiência das mais emocionantes, já gritei em vários jogos pela TV e já desfilei orgulhosa pela Gaviões. Não trocaria o Corinthians por nenhum outro time. É diferente. A paixão do corinthiano pelo seu time não é como a dos torcedores dos outros times. É visceral e incondicional. É bonita. É a mais bonita.

Hoje às seis da manhã, entre o consciente e o inconsciente, ouvi meu marido falar "o Sócrates morreu, seu pai vai ficar triste". Às nove eu levantei com aquela sensação de que tive um sonho sobre a morte do Sócrates, mas a notícia estava lá na tela do computador. Meu pai deve ter ficado triste, mas eu também. Eu me lembro dele jogando. Sei lá por qual razão eu gravei umas imagens dele no campo. Era uma época bacana. Aqueles magrelos jogando por pouco dinheiro. Era bonito. Era mais bonito.

Justo hoje. Justo hoje que o Corinthians disputa o título do campeonato brasileiro 2011. O título que quase saiu domingo passado, mas que agora eu entendi. Tinha que ficar ainda mais emocionante. E de emoção o corinthiano entende.

Vai ser uma festa, do jeito que o Magrão merece. Eu vou me juntar à torcida hoje. Hoje eu vou.

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